“Show do Metallica”
CapÃtulo 2 – Filho da Mãe Biscate
Antes que eu pudesse comemorar a ótima notÃcia o telefone tocou.
Atendi. Nem preciso dizer quem era, preciso?
— Porra, Nando, seu porra, vai tomar no seu cu!!!
— Pezão.
—Â O que foi?
— Enfia o dedo no cu e assovia, eu vou no show do Metallica!!!!
Uhuuuuuuuuuuuuuu!!!
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Ai que saudade da Lu, putz grila. A gente se conheceu num carnaval alguns anos atrás. Meu, o que a gente aprontou ... nem vou contar pra vocês. Tudo bem, eu posso contar uma história, mas pelo amor dos meus filhinhos, não espalhem!!!!!!
Estávamos em São Sebastião, era nosso segundo dia de folia juntos, até então não havÃamos feito nada além de uns amassos. Tudo bem que eram amassos maravilhosos, com direito a passada de mão em tudo quanto é canto, mas ... eram só amassos. Na nossa segunda noite juntos o clima esquentou tanto que se não transássemos nossos corpos explodiriam, vocês sabem como é, tesão é foda. A Lu é 2 anos mais velha do que eu, então eu calculo que ela devia estar com uns 18 ou 19 anos, gostosa pra caralho, seu corpo moreno brilhava. Corremos para o primeiro motel que encontramos. Lembro-me que eu estava com um RG falso, mas na verdade este não seria o meu problema. A falta de vaga, sim. Não havia uma vaga sequer. Procuramos outro motel. Nada. E assim foi, não havia um motel disponÃvel naquela maldita noite. Eita povo pra gostar de trepar!!!!!! A gente chegava nos motéis e havia filas e mais filas. Um monte de casal com fogo no cu.
Eu só sei que a ficamos tão injuriados que decidimos transar na rua mesmo. Só precisávamos de um lugarzinho escuro e tchau pardal. Era tesão demais pra esperar na fila. Desistimos dos motéis e saÃmos à procura de uma rua escura. O problema é que nós não éramos os únicos que haviam pensado nesta possibilidade, é lógico que havia outros casais desesperados pra dar umazinha na rua. Foi aà que encontramos Diego e Natasha. Diego morava em São Sebastião mesmo, Natasha era sueca. E que sueca!!!! Meu, uma loiraça de tirar o fôlego de qualquer um. A única coisa que ela sabia falar em português era "caipirinha", e mesmo assim naquele sotaque que só gringo tem. Mas dane-se, eu nem reparei no sotaque mesmo.
— Vocês estão procurando uma beco escuro, estou certo? — perguntou Diego, agarrado à cintura da loira.
Nem eu nem a Lu estávamos em condições de negar alguma coisa. CaÃmos na gargalhada e respondemos praticamente juntos:
—Â Sim.
Notei que Diego não tirava os olhos de cima da minha mulata. Mas tudo bem, eu também estava de olho na loira dele ... hehehe.
— Eu conheço um ótimo lugar, — prosseguiu Diego. — muito sossegado, e fica perto daqui.
— Putz, demorou!!! — falei, apertando a bunda da Lu.
E lá fomos nós. Eu estava excitado com o fato de estar prestes a transar com uma mulata super gostosa e ainda ter a oportunidade de ver a sueca peladinha dando pro cara. A noite estava prometendo, iiiiiiiiiiiça!!!
No meio do caminho Diego vira pra nós dois e pergunta:
— Vocês topariam fazer swing?
— Como é que é? — perguntou a Lu.
— Swing, troca de casal, vocês topam?
Olhei pra cara da Lu e não deu pra perceber se ela curtiu ou não a idéia. Achei melhor esperar um pouco até responder. Porra, por mim tudo bem, já imaginaram eu comer a mulata e depois ainda pegar a loira? Era lucro total para uma noite só!!!
— O que você acha, Nandito???
Ah, detalhe, ela já me chamava de Nandito desde a primeira noite de Carnaval.
— Ah, Lu, você que sabe.
— Então eu topo!!!
Hehehe ... era tudo o que eu precisava ouvir! A noite ia ser foda!
Os olhos do cara arregalaram ainda mais pra cima da Lu. Aproveitei para dar uma olhadela pra loira. Eu não sei se era o efeito da cerveja que estava passando ou sei lá, só sei que a segunda vez que olhei pra sueca eu já não achei tanta graça. Eu estava quase me arrependendo de ter topado o tal swing. Mas já era tarde, palavra de bêbado é palavra de bêbado, certo? Cu de beudo pode não ter dono, mas a palavra tem.
Alguns minutos depois nós finalmente chegamos no tal lugar. Era exatamente como Diego havia nos contado. Estava um breu danado, só dava pra ouvir um som de trio elétrico bem distante e alguns latidos de cachorro. O lugar era perfeito. Agarrei as coxas da Lu e antes que ela pudesse dizer alguma coisa já estávamos nas preliminares.
— Agora sim, minha baiana porreta! — sussurrei no ouvidinho dela.
— Sim, e eu estou pegando fogo. — respondeu ela.
Dei uma olhadinha para os lados e notei que Diego e Natasha já estavam longe, certamente no mesmo estágio que nós.
Eu não sabia o que me deixava mais excitado, se era aquele corpaço gostoso da baiana ou o fato de estarmos fazendo tudo aquilo na rua. Era adrenalina demais para uma cabeça só. Ops! Quero dizer, duas cabeças, né? Hehehe.
Quando eu me preparei pra colocar a camisinha ouvi um grito.
—Â Puta que o pariuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!
Até perdi a ereção, de tanto que eu ria. A Lu também caiu na gargalhada.
— O que foi isso? — perguntou ela.
— Parece a voz do cara, o Diego.
— Sim, acho que é ele. Mas o que será que acon.....
De repente vimos o cara passar correndo por nós, peladão, correndo mais que um maratonista. Cuspia pra tudo quanto era lado. Parecia estar apavorado.
— Caralho, o que será que houve? — perguntei pra Lu, baixinho.
Antes que ela tivesse tempo de responder a loira passou por nós.
Estava escuro, mas não o suficiente para descobrirmos que a loira não era loira, mas sim um loiro, e com uma bisnaga de um tamanho considerável.
CaÃmos numa gargalhada que não tinha mais fim. Perdi a ereção, perdi a camisinha, caÃmos os dois sentados num negócio mole e pegajoso, que depois viemos a constatar que era esterco de cavalo. E foi assim que terminou aquela noite. Não foi do jeito que eu esperava, mas eu nunca dei tanta risada na minha vida. ParecÃamos duas hienas ganhadoras da Tele-Sena.
No dia seguinte a gente se encontrou mais cedinho e fomos os primeiros no motel. Foi maravilhoso. Sem sueco pingueludo corendo pelado pela rua, sem esterco, só nós dois. Eu acho que a Lu foi minha primeira transa pra valer mesmo. A baiana fazia e sabia de tudo, lembro-me de ter saÃdo daquele motelzinho branco feito um copo de leite. Ela tirou tudo de mim. Acho que até os vira-latas olhavam pra mim e sabiam que eu tinha feito sexo, pois meu sorriso nos lábios entregava. Putz!!! Aquele foi um carnaval inesquecÃvel.
Caralho, nem acredito que amanhã eu vou me encontrar com a Lu outra vez. Vai ser gostoso demais. Meu, ela deve estar ainda mais gostosa. Uau! Estou sentindo boas vibrações.Â
Porra, acho melhor eu parar com esta animação toda, não é? Merdas acontecem, e principalmente comigo. Minha única sorte é que desta vez o Pezão não vai estar junto. Eu acho que aquele filho da puta me dá azar. E tem mais, Pezão e Lu não se bicam. Na verdade aqueles dois se detestam. Ainda não sei direito o motivo, eu só sei que eles se odeiam de morte. Bom, talvez Pezão a odeie porque ela preferiu dar pra mim e não pra ele, não é? E o ódio dela por ele talvez seja mais simples ... Pezão é um filho da puta mesmo, é fácil odiá-lo, basta você conhecê-lo e alguns minutos depois você já fica com vontade de mandá-lo para os quintos dos infernos.
Triiimmmmmmmmmm!!!!
Puta merda, falando no diabo ...
— Fala, Pezão dos infernos!!!
—Â Ei, Nando.
—Â Desembucha.
— Enfia o dedo no cu e assovia, porque eu também vou no show do Metallica!!!
— Ah, nem vai!!!
—Â Vou!!!
— Não vai!!!
— Vou, porra!!!
— Comigo é que não vai.
— Foda-se, o importante é que eu vou.
— Mas como você conseguiu ingresso?
— Minha mãe é advogada de um dos organizadores. Uhuuuuuuuuuu!!!
—Â Filho da puta.
— Posso até ser um filho da puta, mas sou um filho da puta que poderá entrar no camarim!!! Ganhei vip!!!
— Camararim??? Ah, fala sério.
— Estou falando sério, cara, minha mãe é chegada do cara.
— Sei, você quis dizer que ela dá a bunda pra ele, isso sim.
— Ah, vai se ferrar, cara!!! Você está com inveja de mim, isso sim.
— Vai se danar, está todo animadinho só porque pode entrar no camarim com um monte de marmanjo que nem fala a sua lÃngua. Você entende alguma coisa de inglês?
—Â Um pouco.
— Vai tomar no seu cu, Pezão!!! Você não sabe nada de inglês, vai pagar o maior mico lá com os caras.
— Vou nada, basta eu alugar um monte de DVD e você vai ver como aprendo a falar inglês hoje mesmo. Quer apostar?
Bati o telefone na cara do imbecil.
Maldito Pezão invejoso do caralho, além de conseguir ingresso para o show ainda conseguiu passagem vip para os bastidores. Mas é um filho da puta mesmo!!! Literalmente falando, pois ele só consegue as coisas graças à mamãe dele, não é? A biscate dá a bunda lá para o cara e consegue ingresso vip e o escambau. Ah, não é justo. Já a minha mãe é fiel, nunca traiu meu pai, e o que eu ganho? Nada.