As Aventuras de Nando & Pezão

“Chiquinho Vesgo - O Esquartejador ”

Último Capítulo – Luz, Câmera, Gravando!!!

Outra coisa que me deixou impressionado foi quando me deram as roupas pra eu usar na primeira cena. Foi impossível não lembrar do Chico. Calça moletom vermelha e uma camiseta preta do Sepultura. Caralho, os caras realmente pesquisaram a vida do infeliz. Santa Pixirica!!!

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Por volta das onze horas da manhã começaram as primeiras filmagens. Cenas fáceis, onde eu aparecia abraçando a personagem da Patzinha e coisa e tal. Mesmo assim algumas cenas nós tivemos de repetir duas ou três vezes, em virtude do meu nervosismo. Porra, não tira sarro, você acha que é moleza? Fica aquele monte de gente olhando pra você, apontando aquelas câmeras enormes, sem contar o diretor, um baixinho mala pra caralho.

Outras vezes eu me esquecia de fazer os cacoetes do Chico e o maldito diretor gritava desesperado ... CORTA!!!! Putz, não sei se sirvo pra esta vida de ator. É um pé no saco ter de fazer a mesma coisa tantas vezes. Só achei legal quando erraram a cena do beijo, foi muito bom beijar a Patzinha oito vezes até acertarem o enquadramento correto da luz e da câmera ... hehehe.

Já passava das duas horas da tarde quando paramos numa lanchonete para almoçar. Uma parte da equipe desmontou os equipamentos e subiu num caminhão da Globo.

— Pra onde eles estão indo? — perguntou a Patzinha.

— Locação dois, um colégio. — respondeu Tomaz, ao mesmo tempo em que mastigava um pedação de frango.

Colégio? Putz, agora o bicho começa a pegar, no colégio acontece a primeira briga entre o Chico e a namorada. Será que eu consigo? Bom, no ensaio eu até que me saí bem, mas com aquele monte de câmera apontada pra minha cara é diferente.

Sim, eu consegui, após nove tomadas diferentes. Porra, eu chego lá. Se ator profissional erra, imagina eu.

Novamente a equipe desmontou todos os aparatos técnicos e zarparam dali numa velocidade impressionante. Os caras são realmente profissionais. Ainda não acredito como tiveram a coragem de pegar um marinheiro de primeira viagem como eu. Porra, ou eu tenho uma bunda muito gostosa ou o Tomaz estava sem opção mesmo.

Falando em bunda ... acho que a próxima cena será aquela. Puta merda!!! Será que eu vou ter a moral de ficar peladão na frente de tanta gente? Porra, agora não tem mais volta, ou vai ou ... hahahaha ... Sai fora!!! Não vou rachar nada não.

Patzinha se aproxima de mim e me sussurra ao ouvido:

— Nando, eu estou sentindo um calor.

— É mesmo? — perguntei, mantendo o mesmo tom de voz, baixo.

— Nossa próxima cena vai ser a mais difícil da minha vida.

— Com certeza. Eu estou uma pilha de nervos.

— Aí é que está. Eu não.

— Putz! Mas você já atuou várias vezes, eu não.

— Não, não foi isso que eu quis dizer.

— Não entendi.

— Eu não estou nervosa, mas estou ficando excitada.

Hã??? Nando Júnior até acordou.

— Como é que é?

— É isso mesmo que você ouviu. Olha isso aqui.

Vocês não vão acreditar. Patzinha pegou minha mão direita e a colocou sobre sua blusa, em cima do seio esquerdo.

— Está durinho, não está?

Nando Júnior, nãooooooooooooooooo!!!! Tarde demais. O menino se animou de vez. Mas que culpa ele tem, né? Isso é tentação do demônio!!!

— S.. s.. sim, está. — respondi, fazendo de tudo para disfarçar minha ereção.

— E agora? O que eu faço? Quando eu imagino a cena eu fico excitada.

— Olha, não sei se sou a pessoa certa pra lhe aconselhar.

— Por quê?

Após alguns segundos a ficha caiu, e Patzinha caiu numa gargalhada histérica, parecia uma hiena com herpes genital.

Precisei me sentar, porque todo mundo começou a olhar para nós dois.

Ao notar minha ereção Patzinha me deu um soco no ombro, mas ainda estava rindo muito.

— Sem vergonha, bobo!!! — disse ela, ainda rindo.

— Eu? Que culpa eu tenho? Eu estava quietinho aqui no meu canto, você me aparece e esfrega minha mão no seu peito! Acha que sou de ferro?

— Bobo! Era só pra você ver como estou.

— Vocês mulheres são foda mesmo, viu? Provocam e depois ficam se fazendo de vítimas.

— Mas falando sério agora, eu não sei se vou conseguir fazer a cena contigo. Vai ser muito embaraçosa! Quando eu fico ... você sabe ... eles ficam muito durinhos e empinados!

— Você está me torturando, sabia?

Outra vez ela caiu na gargalhada. Meu, que mina safada! Hahaha ... eu nem fazia idéia! Ela parecia ser tão na dela. 

— Seja honesto comigo, você acha que a equipe de filmagem vai perceber?

— Que você está ... excitada?

— Fala baixo, Nando!!! Sim, isso, você acha?

— Ah, sei lá, são todos muito profissionais. Acho que nem vão reparar isso não. Na verdade quem precisa se preocupar sou eu, né?

— Por quê?

Olhei para minha calça, Nando Júnior estava ligeiramente animado. Patzinha começou a gargalhar novamente. Todo mundo não parava de olhar para nós dois.

— Puxa vida, é verdade. Em vocês homens fica mais ... visível.

— Oh, muito mais!!!

Droga. Eu estava tão preocupado com a bunda que esqueci do Nando Júnior. Patzinha tocou num ponto crucial. Meu, é quase certeza que ficarei excitado na hora da filmagem. Pensem bem, estarei peladão com a Patzinha, lembrando que ela estará usando apenas a calcinha. Caralho, até rimou.

Estou fodido. Já estou até vendo o "tóin óin óin óin". Meu, que mico!

Pra ajudar ainda mais ... olha o que Patzinha me conta:

— Nando, deixa eu te contar um negócio. Mas pelo amor de Deus, não conta pra ninguém!

— Pode deixar.

Patzinha se agachou diante de mim e sussurrou no meu ouvido:

— Eu sou ... ninfomaníaca.

Fala sério!!!!! Agora é que Nando Júnior não sossega mesmo!

Minutos depois o meu celular toca. Preciso dizer quem é?

— Fala, Pezão do caralho!!! Antes de mais nada enfia o dedo no cu e assovia, beleja? Só pra tu não perder o costume.

— Vai se foder, mano! Onde você está?

— Ora, onde acha que eu estou? Estou filmando o programa.

— Ah, é, tinha até me esquecido desta porra.

— Cara, você não bota fé no que me aconteceu.

— Deu o cu e achou gostoso?

— Não, mas sua mãe me falou que é bom.

— Porra, cara, se liga! Conta logo e deixa minha velha em paz, falou?

— Então cala a boca que eu conto. Meu, finalmente encontrei uma mina ninfomaníaca!!!

— É? Grande bosta! Essas minas são as piores!

— Piores? Não fala bosta, Pezão!

— São, não saem da frente do computador e tal.

— O quê? Se liga, porra! Do que você está falando? Comeu cocô?

— Porra, ninfomaníaca não é aquela mina viciada em informática?

— Pezão, depois dessa, tchau.

E desliguei o telefone na cara do imbecil. Porra, fala sério, ninguém merece, merece?

A van da Globo chegou para nos levar até a locação da tão aguardada cena. Chegou a hora, gente. Torçam por mim, por favor. Sei que vocês adoram ver o circo pegar fogo, sei que vocês adoram quando eu tomo no cu, mas por favor, pelo menos desta vez, torçam por mim. O que custa? Só uma vez!!!

Entrei na van ao lado da Patzinha. Dois funcionários da equipe técnica foram junto conosco, então precisamos nos espremer um pouco mais do que nas viagens anteriores. Patzinha ficou grudada em mim. Dava até pra sentir seus peitinhos duros encostando em mim.

Eu to me lixando pra vocês, viu? Hahaha ... sei que estão torcendo para que eu pague mico, mas saibam que mesmo pagando mico eu ainda estou sentindo que no final do dia vou comer a Patzinha. Então vocês podem torcer à vontade, estou nem aí.

Descemos da van e já fomos levados até o local das filmagens.

Putz, é agora. Nesta primeira cena eu farei picadinho das duas irmãs e uma prima. Caralho!!! Nem dá pra acreditar que tudo isso aconteceu de verdade. Como é que o Chico teve a moral de fazer isso? Porra, será que ele mastigava bosta quando era criança?

Ah, só lembrando que nesta cena eu não estarei totalmente nu. Estarei apenas usando uma cueca. Nas mãos estarei segurando um machado de mentirinha, mas ao olhar menos atento parece ser bem real. Globo é Globo, os caras pensam em tudo.

O diretor começou a dar as primeiras orientações:

— Você vem pelo corredor, vê suas irmãs e sua prima assistindo televisão e parte pra cima delas. Acerta uma machadada no pescoço de cada uma. Não precisa ser com força, pois vamos editar as cenas mesmo, só finja que está aplicando os golpes. Entendido? Lembre-se que você está interpretando alguém que está furioso.

— Pode deixar. 

Por dentro eu estava tremendo de nervoso. Patzinha estava por perto, ela ficara pra assistir a filmagem. Seu sorriso bonito até me acalmou um pouco. Ela fez até um sinal de positivo com mão direita. Respondi com o mesmo gesto, e depois dei uma piscada pra ela.

— Bom, todos prontos? — perguntou o diretor, olhando para toda a equipe.

Todos fizeram sinal de OK.

— Luz, câmera, gravando!

Na primeira tomada eu entrei na sala e escorreguei. Fui de bunda ao chão. A equipe toda foi às gargalhadas, como um bando de hienas marchando num desfile de 7 de setembro.

Segunda tomada, entrei na sala com o machado na mão e a galera começou a lembrar do tombo. Nem preciso dizer o que houve, né?

— Cooooooooooooooooorta!!! — gritou o diretor, puto da vida.

Na terceira tentativa eu entrei na sala e ninguém riu, mas eu tinha esquecido de algo muito importante, o machado. Putz!

Bom, e por aí foi. Quando foi na sétima tentativa tudo deu certo. A tomada ficou do jeito que o diretor queria.

Aí fomos levados até uma legião de maquiadores. 

Puxa, muito louco, eles praticamente nos pintaram com tinta vermelha por todo o corpo. A cena seria sangrenta e exigiria muitas cicatrizes e cortes profundos na pele. Coisas de filme de terror. Lembrei da época em que eu assistia Cine Sinistro na Band.

Só recomeçamos a filmar duas horas depois. A maquiagem levou muito tempo até ficar do jeitinho que o diretor queria. Meu, falando nele, não sei, acho que ele camufla. Pra ser mais sincero eu acho que alguém está comendo alguém ali, ou ele dá pro Tomaz ou vice-versa. Os dois são bambis.

Bambi ou não, o diretor deu sinal verde para a próxima cena. Putz! Cenas fortes, todo mundo cheio de sangue pelo corpo. A sala estava toda molhada com tinta vermelha cenográfica. Se eu não curtisse filmes de terror desde criancinha eu ficaria impressionado com aquela cena, mas tirei de letra. Será que tenho tendências psicopatas? Eu, hein!!!

Após filmar esta cena bizarra outras ainda estariam por vir. Na próxima Chico degola a própria mãe na cozinha. Meu, esta cena foi foda. A coroa que interpreta o papel da mãe do Chico é uma coroa gostosona. Na hora em que eu a peguei por trás eu comecei a ficar excitado e não sei se chegaram a filmar o Nando Júnior, espero que não, pois aposto que armei uma bela barraca ... hehehe.

Depois de ter fatiado as duas irmãs e a prima, depois de ter degolado a mãe, agora chegava a hora de fazer picadinho da namorada. Na cena, Margarida, interpretada por Patzinha, encontra a casa banhada de sangue e entra em estado de choque. Chico, no auge da sua loucura, arranca a cueca e parte pra cima de Margarida com uma faca em mãos. O resto vocês já sabem.

Quando Patzinha veio dar uma olhada na casa ela ficou horrorizada. Acho que ela perdeu o tesão logo de cara. Ela se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido:

— Caraca, você acredita que este sangue todo me deixou excitadíssima???

Como é que é ????????? Fala sério, hein! Será que ela comeu cocô quando criança?

— Você está brincando comigo.

— Não estou! 

E colocou minha mão no seu seio direito. Estava durinho, o biquinho estava super inchado. Caralho, não faz isso comigo agora!!! Agora não!!! Como é que eu vou fazer a cena de bilau duro??? Imaginem quando o diretor gritar "corta", imaginem o susto que Nando Júnior vai levar, pobrezinho. 

Putz, nem acredito que daqui alguns minutos vou ver aqueles seios durinhos nus bem na minha frente ... hehehe ... aoooooooo!!! Estou fodido, vou pagar mico, com certeza. Caralho, já imaginou aquele monte de gente esperando meu bilau ficar mole pra poder filmar??? Putz!!! Ninguém merece.

O diretor apareceu.

— Vocês estão prontos?

Patzinha e eu nos olhamos, com um certo ar de riso em nossos lábios.

— Sim. — respondemos juntos.

— Ótimo. Patrícia, você vai entrar pelo jardim e vai ficar horrorizada com a cena da mãe do Chico caída na cozinha. Quero que você faça a maior cara de espanto que puder e que grite o mais alto possível.

E ele prosseguiu em suas orientações, até que chegou a hora. Eu entraria em cena todo ensangüentado e arrancaria a cueca na frente daquele monte de gente. Câmeras, assistentes de câmera, iluminadores, técnicos de som, o diretor bambi e outras pessoas que eu nem fazia idéia do porquê estavam ali assistindo a filmagem. Bom, o fato da Patzinha ficar só de calcinha pode responder tal pergunta, não acham? Ou vocês acham que aquele bando de marmanjo estava ali só por causa da minha bunda branca?

Meu, não sei explicar, só sei que a química entre nós dois foi tão forte que fizemos a cena de primeira. Patzinha entrou na casa, deu um grito tão alto e tão agudo que eu quase fiquei surdo. Joguei a cueca longe e corri até ela. Eu estava tão concentrado na cena que nem parei pra pensar se eu estava de pau duro ou não.

— Corta! Linda, ficou linda a cena! Linda! — gritou o diretor bichona.

Lá estava eu, completamente nu, diante de uma multidão. Mas querem saber? Eu nem me importei. Tentei agir de forma mais natural possível. Só achei meio constrangedor quando notei Patzinha olhando pra mim, com olhos arregalados. Hahaha... preciso dizer para onde ela estava olhando? Meu, a mina é tarada mesmo!

Por sorte me trouxeram um roupão. Eu o vesti imediatamente. O diretor ficou uma fera.

— Vocês estão loucos??? Se ele vestir o roupão vai perder toda a maquiagem!!!

Antes que eu fechasse o roupão o contra-regra o puxou de volta.

— Sinto muito. — disse ele, meio constrangido.

Puta merda. Patzinha continuava me olhando de cima a baixo.

— Não dá pra você olhar mais um pouco? — falei, tirando um sarrinho.

— Ai, me desculpa!

Ela riu, mas continuou olhando.

Pelo menos o que estava me preocupando até agora não aconteceu, Nando Júnior não se animou. Também, é foda ficar de pau duro com aquele monte de marmanjo me olhando e com aquele monte de sangue pra tudo que é lado da casa. Até mesmo um ator pornô experiente teria problemas, vocês não acham?

De repente um dos câmeras passou do meu lado, olhando para mim com uma cara de poucos amigos.

— O que foi? — perguntei.

— Vai tomar no seu cu!!! Eu sei que você fez de propósito!!!

— Fiz de propósito? Não estou entendendo! O que eu fiz?

Ele continuou a passos largos. Aí Patzinha me contou:

— Nando, quando você arrancou a cueca e a jogou longe você acertou em cheio o rosto daquele cameraman.

Eu caí na gargalhada. O pior é que o cara olhou para trás e me viu tirando sarro. Nem preciso dizer que ele mostrou aquele famoso dedo pra mim, né?

— Ah, foi sem querer!!! — eu disse.

Não adiantou nada, ele mostrou novamente o dedo.

Dois maquiadores vieram dar os últimos retoques na minha maquiagem. Sangue por todo o meu corpo, inclusive naqueles lugares. Patzinha, a tarada, observou atentamente o trabalho dos maquiadores. Meu, ela não tira o olho do meu bilau. Ou gostou muito do meu ou ela é fascinada pelo negócio mesmo. Pra falar a verdade eu acho que é um pouco de cada.

Bom, chegou a hora da cena final, onde eu luto com a Patzinha. Durante a luta eu arranco a sua roupa, depois a espanco e a corto em pedacinhos. Caraca, imaginem se minha mãe assiste este programa, a coitada morre do coração.

— Vocês estão prontos? — perguntou o diretor. — Precisamos filmar antes que escureça.

— Estou. — respondi.

Meu, vocês acreditam que a mina está olhando pro meu bilau até agora?

— Psiu, oh, psiu!!! — disse o diretor para Patzinha, estalando os dedos. — Acorda, menina!!! Viu passarinho verde?

— Bom, eu não diria verde. — eu disse, rindo.

Patzinha finalmente acordou pro mundo.

— Bobo!!! Eu não estava olhando pra você, viu?

Pouco falsa a mina??? Hahahaha..... Ela não estava olhando não, só arrancando pedaço. Se bobear estava até babando.

— Chega de brincadeira, — disse o diretor. — precisamos filmar logo esta cena.

E lá fomos nós. Ensaiamos como seria a luta e partimos para a primeira tomada.

— Luz, câmera, gravando!!!

Comecei a arrancar a roupa de Patzinha e senti algo.

— Corta!!!!!!

Olhei pra baixo e lá estava ele, Nando Júnior duro como um cabo de vassoura. Putz!!!

O diretor se aproximou de nós, puto da vida.

— Eu não tenho culpa!!! — eu disse.

— Não foi por sua causa que parei de filmar. — então ele olhou para Patzinha. — Minha filha, vou ser franco, você nunca viu um caralho antes??? Presta atenção na cena, na cena!!! Presta atenção, o cara está prestes a te matar e você fica olhando para o ...

— Já entendi!!! — gritou Patzinha, quase chorando. — Já entendi!!! Desculpa, vamos fazer de novo, eu prometo que vou me concentrar na cena.

Eu, hein!!! Esta foi boa, nem levei bronca nem nada. Mas pensando bem, é verdade, se eu ficar ou não excitado não faz a menor diferença, eles não vão mostrar meu bilau mesmo, tudo será editado depois.

Partimos para a segunda tomada.

— Luz, câmera, gravando!!!

Recomeçamos a briga, eu não quis nem saber, meti a mão nos peitinhos duros da Patzinha, arranquei a blusinha dela quase que no tapa, depois puxei o sutiã com vontade, quando eu ia me preparar pra puxar a calça veio aquele grito novamente:

— Cortaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

O diretor veio de mansinho, mas com uma cara ainda mais enfezada, estava soltando fogo pelas ventas. Ele parou diante de nós, abaixou-se, esperou alguns segundos e gritou:

— Minha filha, se você quer ficar olhando para alguma coisa olha para a faca!!! Entendeu? Pelo menos olha para a faca então!!! Porra!!!

Posso ser sincero? Eu estava adorando aquilo! Hahaha.... cada vez que a Patzinha errava era mais uma oportunidade pra agarrar os peitos dela, eu estava adorando.

O problema é que na quinta tentativa eu já estava meio de saco cheio. Não só eu, mas como a equipe toda. O diretor ficou tão puto que mandou eu passar esparadrapo no bilau, só pra ver se a Patzinha desviava o olhar. O pior é que funcionou. 

Na sexta tomada conseguimos finalizar a cena.

Depois os maquiadores entraram e deram um banho de sangue cenográfico na Patzinha. Filmamos mais alguns closes da briga e pronto.

— Corta!!! Puta merda, até que enfim!!! — gritou o diretor, aliviado.

Olhei em volta e senti vibrações meio esquisitas, senti aquele monte de marmanjo com tesão reprimido. Aposto que depois todos correram para algum canto escuro da casa para aliviarem a tensão, se é que vocês me entendem.

Antes que eu tivesse tempo de me levantar Patzinha me puxou pelo pescoço e sussurrou no meu ouvido:

— Vejo você no banheiro dentro cinco minutos.

— Como é que é?

Sei que a pergunta foi meio idiota, mas é que fui pego de surpresa. Ela prosseguiu:

— Se eu não fizer sexo agora mesmo eu acho que vou explodir.

— Calma! Estarei lá, pode apostar. — e abri um puta sorriso de orelha a orelha.

Patzinha se levantou, vestiu o sutiã e a calça e foi correndo para o banheiro. Antes que completassem cinco minutos eu corri atrás dela.

Putz grila, galera, eu já tive algumas transas inesquecíveis nesta vida, mas esta foi demais. Eu não sei explicar se aquele sangue falso em nossos corpos teve alguma coisa a ver com o resultado, eu só sei que foi a maior loucura!!! Parecíamos dois zumbis de filmes antigos fazendo sexo numa tumba do além. Depois entramos debaixo do chuveiro e o tesão era tanto que arrancamos toda a tinta só com o vai-vem e o esfrega-esfrega de nossos corpos ardentes. O bicho pegou mesmo!

Na manhã seguinte gravamos o restante das cenas. É estranho como funciona este negócio, eles não filmam na ordem certa, varia de acordo com as locações.

Só sei que no final da tarde as filmagens acabaram. Ufa! Entre mortos e feridos salvaram-se todos.

Patzinha e eu ficamos muito grilados com o final daquilo tudo, pois a química que rolou entre nós foi algo fora do comum. 

Antes dela voltar para São Paulo com o resto do elenco nós ainda fomos para um motel, mas confesso que não foi a mesma coisa da primeira vez. Será que a falta daquele sangue falso em nossos corpos fez diferença? Ah, sei lá, mesmo assim foi gostoso. Talvez melhor do que muitas outras transas que já tive.

Vou sentir falta dela. Muita falta. Eu só espero que a Patzinha não tenha sido a última ninfomaníaca a cruzar o meu caminho ... hehehe.

Só não fiquei tão triste porque eu recebi a grana, sim, recebi os dois mil e quinhentos reais. Opa!!! Ritmoooooooo, é ritmo de festaaaaaa!!! Rodando e dançando, Roque!!!

Agora é aguardar até que o programa vá ao ar. Tomaz me disse que talvez passe no mês que vem. Vamos ver.

Ou me transformo no próximo Antônio Fagundes ou minha bunda vira sucesso nacional.

( FIM )