As Aventuras de Nando & Pezão

"Dona Mirandinha"

Capítulo 5 – "Pedrinho Pau-no-cu e o Pokemon"

Continua faltando alguma coisa, né? Claro, as pexecas! Opa, espera aí, falta mais uma coisa também... precisamos comprar um Bom-Ar pra desinfetar aquele maldito cheiro de peido com peixe morto lá da sala, né? Não tenho certeza, mas acho que o Nando Jr. não gostou daquele cheiro. Apesar de que já encontrei algumas pexecas com um cheirinho parecido e ... ah, deixa pra lá!

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Voltamos para o carro. E falei:

— Não poderíamos achar um lugar melhor para o nosso filme Reparou como o lugar tem um puta cheiro de sacanagem? Imagine quantas surubas não rolaram ali! No mínimo umas duzentas. Até o jardim tem cheiro de pexeca no cio.

— Eu vi até porra seca nas paredes. — disse o filhote de Bill Gates.

Começamos a rir.

— Igualzinho ao seu quarto, fedelho. — disse Pezão.

O garoto mostrou aquele famoso dedo para o Pezão. Relacionamento entre irmãos, uma coisa linda de se ver.... hehehe. Só quem tem é que pode dizer a merda que é.

Pezão saiu cantando os pneus, mas tomou um rumo diferente da minha casa.

— Aonde você está indo, cara? — perguntei.

— Fica frio, eu fiquei de passar na casa do Pedrinho.

— Por quê o apelido dele é Pau-no-cu? — perguntou o garoto.

— Conta aí, Nando. Se eu contar vou começar a rir e bater esta porra num poste.

Contei a história pro garoto. Ele não acreditou, mas foda-se. Nós todos estávamos lá e vimos.

— Já te contei? — disse Pezão, de repente. — O Pedrinho Pau-no-cu conhece um cara que vai descolar umas vagabundas pro nosso filme.

— É mesmo? — respondi animado. — Porra, finalmente uma notícia boa. Que cara é este? Algum cafetão?

— Sei lá. Ele não quis entrar em detalhes. Mas disse que o cara tem as manhas.

— Xiiiiiiii, fodeu. O cara vai querer participar do filme também.

— Ah, foda-se. Se ele conseguir umas gostosas até merece participar.

— Eu também posso? — perguntou o pirralho, todo excitado.

— Vai cagar no mato, Murilo! — disse Pezão, rindo. — Estas vagabundas por aí te comeriam vivo!!! Você com esta minhoquinha aí não vai a lugar algum!

Hahahaha....... Sacanagem, agora o Pezão pegou pesado.

— Minhoquinha o cassete! — gritou o pirralho.

Porra! O garoto botou o bilau pra fora e ficou descontrolado.

— Pega aqui na minhoquinha, pega! Vai tomar no seu cu!

— Guarda isso aí, porra! — eu gritei. — Guarda isso aí! Ficou maluco?

— Se você encostar esta bosta aí no meu carro eu te mato, fedelho! — Pezão estava vermelho de raiva.

Eu nem me atrevi a olhar o pingulim do moleque... sai fora! Mas para o pirralho ter feito isso é porque não deve ser a tal da minhoquinha. Hahahaha..... puta merda, esta família do Pezão é maluca mesmo! Eu, hein!

Pezão parou o carro em frente ao portão da casa do Pedrinho Pau-no-cu. Faz um bom tempo que não falo com ele. Tudo o que eu sei é que ele vende muamba do Paraguai.

Pezão nem desceu do carro, colocou a cara feia pra fora da janela do Corsa e gritou:

— Oh, Pau-no-cu!!! Chega aí, caralho!!!

Eu e o garoto quase nos mijamos de tanto rir. A rua inteira olhou pra nós. Menos de 1 minuto depois o Pedrinho apareceu.

— Porra, Pezão, vai tomar no seu cu! — gritou Pedrinho, puto da vida. — Não sabe usar interfone, porra?

— Interfone do Paraguai não funciona, seu bosta.

— Não funciona o caralho! Lógico que funciona! Coisa boa, porra. Tem garantia e tudo.

— Deixa isso pra lá. O que eu quero saber é se o cara que vai arranjar as vagabas pro filme está aí.

— Está sim, espera aí, vou lá chamar.

Pedrinho Pau-no-cu voltou pro interior da casa.

— Porra, eu disse que aquela merda de interfone não funcionava. — disse Pezão.

Eu e o pirralho começamos a rir novamente.

Quatro minutos se passaram e nada do Pedrinho. Pezão começou a buzinar feito um louco. De repente Pedrinho reaparece, mas não estava sozinho...

— Porra, eu não acredito no que eu estou vendo. — disse Pezão, surpreso.

Eu não sabia se dava risada ou olhava para o outro lado. Pedrinho Pau-no-cu saiu da sua casa de mãos dadas com outro cara, um japonês baixinho pra caralho, parecia até um bonequinho do Jaspion.

— O Pau-no-cu dá ré na salsicha? — eu perguntei, rindo feito um louco.

— Porra, ou ele é gay ou comprou o bonequinho Pokemon mais feio que eu já vi!!!

Pedrinho se aproximou do carro. Aquela cena era tão bizarra que eu não conseguia olhar direito. Na verdade eu não tenho certeza se a cena é bizarra ou hilária.

— Este é o meu namorado, o Almeidinha. — disse o Pau-no-cu.

Agora foi demais, todos dentro do carro começaram a rir histericamente. Eu juro que quase, faltou pouquinho pra eu urinar naqueles bancos novinhos do Corsa. Almeidinha? Isso é nome de japonês? Porra, agora o apelido Pau-no-cu faz ainda mais sentido, não concordam? Hahahaha....

— Porra, Pau-no-cu, eu não sabia que você era veado! — disse Pezão.

— Veado não! Homossexual. — disse o japonês.

— Ah, veado, gay, homossexual, tanto faz. Você dá a rosca, não dá?

— E o que isso te importa? — disse Pedrinho.

— Nada, absolutamente nada. A rosca é sua, você faz o que quiser com ela.

— Então, conversa encerrada. 

— Dá um tempo, Pedrinho, eu só vim aqui para falar com o cara que vai arranjar as minas pro filme.

— Sou eu. — disse Almeidinha, o japonês com jeito de bonequinho do Jaspion.

— O quê? — Pezão ficou indignado. — Porra, era só o que me faltava. Você arranjou um monte de veado pra participar do filme?

— Não, seu idiota. Arranjei 4 mulheres mesmo. Acorda, bofe.

— Bofe o caralho!!! Vai se ferrar, seu japa queimador de rosca!

Putz! Pezão ficou tão vermelho de raiva que mais parecia um pimentão. Se eu não o impedisse ele iria saltar pra fora do carro e descer o cassete no bonequinho Pokemon.

— Que violência é esta? — gritou o japonês, afastando-se do carro. — Eu ajudo vocês e é isso que eu recebo? Quanta ingratidão!

Puta merda! Que figura este japonês! Eu não sei não, mas acho que a qualquer momento o Pedrinho Pau-no-cu vai dizer que aquilo ali é realmente um bonequinho que ele comprou no Paraguai, e que só está testando pra saber se funciona. Deve usar umas 10 pilhas.

— Acalma o seu amigo aí, Nando. — disse o Pedrinho. — Se for esta violência toda nós não vamos mais participar do filme.

Putz! Pezão ficou ainda mais vermelho de raiva.

— NÓS ????????? Sai fora! Eu não vou filmar um casal de veado queimando a rosca! De jeito algum! Prefiro comprar minhas próprias câmeras ou até cancelar esta porcaria de filme!

— Não! Isso não! — eu disse.

— Então você vai filmar a Rosa e Rosinha fazendo glu-glu ???

— Sai fora, Pezão! Eu não!!! Sai pra lá, jacaré!

— Eu também não!!! — gritou o Bill Gates Jr.

— Quanto preconceito! — disse o japonês, com as mãos na cintura.

— Porra, não é preconceito! — eu disse, já puto da vida. — É apenas.... NOJO! Caralho, eu não consigo nem imaginar vocês dois.... ah, é nojento demais... credo!!!

— Na verdade é bem simples, eu....

Pezão engatou a primeira e saiu cantando os pneus.

— Puta que o pariu!!! — gritou ele, puto da vida. — Que raiva!!!

— Calma, Pezão, olha o semáforo!

Pezão nem viu o sinal vermelho, passou feito um louco. Por sorte não passou ninguém.

— Que merda! Que merda! Eu não acredito nisso! Veadinhos do caralho!

— Pois é, agora fodeu. — eu disse, bem desanimado. — Sem as câmeras lá se foi o nosso filme.

— Vocês são uns idiotas mesmo. — disse o pirralho, de repente.

— Cala a boca, Murilo. — disse Pezão, diminuindo a velocidade.

— Se eu calar a minha boca não vou conseguir dizer pra vocês que eu tenho duas câmeras SONY de super resolução.

Pezão encostou o Corsa imediatamente, quase atropelando um cachorro velho que atravessava a avenida.

— Caralho, é verdade! — gritou Pezão, abrindo um sorriso sacana.

— Eu até filmei a mamãe tomando banho uma vez, lembra?

— O quê? Puta merda! — os olhos de Pezão ficaram arregalados, nunca vi coisa igual. — Por acaso era uma fita amarela?

— Sim, por quê? 

— Eu... eu.... — Pezão começou a ficar branco feito aquelas camisas de comercial do OMO.

Puta merda!!! Já entendi o que aconteceu. Hahahaha.... Credo!!! Mês passado o Pezão me ligou lá em casa dizendo que achou uma fita amadora, e que tocou punheta a noite inteira assistindo esta fita!!! Putz!!! Sacaram o que aconteceu? Caraca!!! Se fosse eu ... não saberia o que fazer. Acho que eu me mataria. Mas... como não sou eu, vou zoar o Pezão! Hahahaha......

— Seu irmão tocou punheta vendo a fita, Murilo. 

— Puta que o pariu!!! — gritou o pirralho. — A fita com a mamãe tomando banho?

Pezão estava branco, pensei que ia desmaiar.

— Seu bosta! — gritou ele, de repente. — Por quê contou?

— Porque você teria feito o mesmo comigo, seu merda.

— Com certeza.

Maldito Pezão.

— A próxima vez que você filmar alguém tomando banho... — disse Pezão, encarando o Bill Gates Jr. — filma o rosto também, seu filho da puta!!!

O pirralho caiu na gargalhada

— Burrão.

Puta merda, não sei quem é o mais doente nesta história... o pirralho que filmou a própria mãe tomando banho ou o Pezão que ... Urgh!!! Não quero nem imaginar.

Bom, a tarde está passando e nada de mulher para o nosso filme. A casa está caindo. Mas deixe-me pensar um pouco, dizem que os melhores filmes são aqueles que inovam, certo? Então... e se fizermos um filme pornô usando bonecas infláveis? Porra, seria o primeiro da história, não? Seríamos os pioneiros! Talvez o nosso filme vire um tipo de "Bruxa de Blair" dos filmes pornôs! Já imaginaram? Seríamos famosos. Seríamos entrevistados no programa do Ratinho e tudo. Iríamos revolucionar o mundo da pornografia. Pensem comigo, os produtores não precisariam pagar o salário das atrizes, eles só precisariam pagar a manutenção das bonecas, colando uns esparadrapos nos furos e tal. Isso reduziria a verba para os filmes, conseqüentemente reduziria os preços das fitas, aumentando as vendas.

Hahahaha.... Desculpa, pessoal... fui longe demais, né? É a maldita falta de muié, é nisso que dá, a gente começa a ficar meio maluco.

Pezão pegou o celular dentro do porta-luvas, meio puto da vida. Alguma coisa vem por aí. Eu conheço a figura.

— Porra, quer saber de uma coisa? — disse ele, discando pra alguém. — Eu não queria gastar minha grana nesta bosta deste filme, mas ... foda-se.

Oba! Pezão vai investir uma grana no filme? Uhuuuuu!

— Pra quem você está ligando, cara? — perguntei.

— Conheço um mané que tem o celular da Juciléia.

— A biscate?

— Não, a freira do convento São Judas Tadeu. Claro que é a biscate, né? 

Começamos a rir. O pirralho ficou confuso. Acho que ele nem sabe quem é Juciléia.

— Juciléia não é aquela do filme mexicano? — perguntou o pirralho.

Putz!!! Até o moleque conhece? Maldito filme! Este sim tem tudo para virar uma "Bruxa de Blair" dos filmes pornôs.

— Fala, Cabral! — disse Pezão, ao telefone. — Meu, e aí, tudo certo? Legal. Porra, passa o celular da biscatona pra mim. Ah, regula não, meu! Não custa nada!

Pezão virou pra mim e disse:

— Tudo certo. Ele vai me passar o celular da biscate.

— Você vai contratar a ....

Pezão pegou uma caneta, mas não achou papel. Ofereci minha mão. Será a primeira vez que vou ter o telefone de uma atriz pornô escrito na palma da minha mão. Bom, sempre tem a primeira vez pra tudo, né?

— Pode falar, mano! — disse Pezão.

Pezão anotou o telefone da Juciléia na minha mão e desligou o celular.

— Vai ligar agora? — perguntei, mostrando os números.

— Vou. — e discou. — Está chamando.

— Mas você acha que ela vai topar?

— Fica quieto, porra, ela atendeu! — sussurrou Pezão, e voltou sua atenção para o celular: — Oi ... Juciléia? Tudo certo com você, gata? Quem sou eu? Acho que você não me conhece, eu sou o Pezão. Não, não é Tesão, eu disse Pezão! Isso... Pezão. Mas se quiser me chamar de Tesão, tudo bem. Como eu peguei o seu celular? Eu sou amigo do Cabral. Você o conhece, né? Então... isso mesmo. Olha só, eu quero te fazer uma proposta. Quanto você cobra por uma transa bem gostosa? Não, não será num motel. Eu tenho um lugar especial. Topas? Caraca, 200 Reais? Puta merda! Espera, espera, não desliga! Eu pago, sem problema. Mas... tem mais uma coisinha. Não, não é isso. Eu não curto animais no meio da transa, fique sossegada, não é isso. O negócio é o seguinte, eu queria filmar a transa. Que tal? O quê? Mais 300 Reais? Caralho!!! Minha filha, isso aí não é de ouro não!!! Eu já vi aquele seu filme mexicano, não tem nada de tão espetacular assim não!!! Espera, espera, não desliga! Peço desculpas, eu não quis dizer aquilo, desculpa!!! Putz, 500 Reais... ah, foda-se, eu pago. 

Caraca!!! O Pezão ficou louco? 500 Reais? Maldito playboy dos infernos.

— Eu vou poder comer também? — perguntei, falando em voz baixa.

— Meu amigo pode dar uma metidinha também? Ah, sei, entendo. — Pezão fez sinal negativo pra mim. Que merda! — Sei, e esta sua amiga é ajeitadinha?

Xiiiiiiiiiii.... amiga? Fodeu, lembram da Lelê ??? Pezão prosseguiu:

— Ruiva, olhos verdes e sarada? Hummmm... Eu acho que ele vai gostar sim. E quanto ela cobra? — Pezão virou pra mim e perguntou: — Quanto você pode gastar, cara? Fala logo!

— Ah, eu estou mais duro que bilau de ator pornô. Minha carteira tem uns 80 paus.

Pezão voltou para o celular:

— Ele pode pagar 80 paus. Opa, é mesmo? Fica combinado então. Anota o local aí... Avenida das Pederneiras, número 1200, bairro Macuco Novo. Você sabe onde fica? Ótimo. Esperamos vocês lá pelas 11 da noite, certo? Beleza então, Juciléia. Beijão.

Pezão desligou o celular, e olhou pra mim com aquela maldita cara de filho da puta que só ele sabe fazer.

— Você pirou de vez, Pezão? 500 Reais?

— Porra, cara, a sua vai cobrar só 80 Reais! Está reclamando do quê?

— Sei lá, a mina deve ser uma Lelê 2, a missão. Isso se não for ainda mais feia.

— Ah, mas eu esqueci de dizer uma coisa. Os 80 Reais valem só pra ela te fazer um glu-glu, não inclui ... como ela disse, penetração.

O Bill Gates Jr. começou a rir feito um louco.

— Porra, 80 paus por um glu-glu? Sai fora, Pezão! Manda esta ruiva de olhos verdes pra casa do caralho!!! A Tina Boquinha faz glu-glu por 1,99 ... sabia?

— Calma, cara, você acha mesmo que ela vai ficar só no glu-glu ??? Faz o seguinte, paga os 80 paus, faz aquela cara de coitado que só você sabe fazer e pronto... ela fica com peninha e dá até a alma pra você. Vai por mim. O importante é que o nosso filme vai finalmente ser filmado!!! Uhuuuuuuuuuu!

Maldito Pezão dos infernos. Preciso de novos amigos.